Após uma intensa mobilização e ofício das entidades, o Tribunal de Justiça de São Paulo anunciou a antecipação da Mesa de Negociação para diálogo com as entidades representativas dos servidores. A reunião será realizada no dia 28 de maio, quarta-feira, às 10h30, no Fórum João Mendes, algumas horas antes da assembleia marcada para 13h.
A medida atende às demandas de diversas associações de classe, entre elas a Assetj, e visa ampliar a participação dos servidores nas decisões administrativas.
Na pauta inicial constam três temas prioritários: recomposição salarial dos servidores, criação do Nível Superior para Escreventes Técnicos Judiciários e readequação dos valores do Auxílio Saúde.
A assembleia segue marcada para quarta-feira, a partir das 13h, na Praça João Mendes.
A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial de 25,24%, valor calculado com base nas perdas inflacionárias acumuladas desde 2012.
Segundo os grevistas, no início de 2024, o índice era de 30,24%, mas o Tribunal de Justiça concedeu apenas 5% de reajuste, sem abrir negociação ou diálogo com os representantes dos servidores.
De acordo o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que participou da assembleia, o orçamento do Tribunal é o maior da história, atingindo cerca de R$ 19 bilhões com a suplementação aprovada na Assembleia Legislativa.
A paralisação começou no dia 14 de maio e, segundo a Assojubs, uma das associações dos servidores, o principal motivo das paralisações é a “inércia do Tribunal de Justiça em apresentar uma negociação efetiva para o pagamento das perdas inflacionárias nos salários”.
