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Pescadores sofrem para vender peixes em cidades banhadas pelo Rio Tietê no interior de SP — Foto: Reprodução / TV TEM
Pescadores de Buritama (SP) sofrem para vender os peixes devido aos casos de mortandade dos animais que foram registrados recentemente em cidades banhadas pelo Rio Tietê, que apresenta coloração esverdeada em vários locais.
Segundo eles, além da dificuldade para encontrar peixes vivos na água, muitos clientes têm medo de contaminação ao consumir a carne. Nesta segunda-feira (24), por exemplo, diversos exemplares de tilápia estavam mortos às margens do Tietê em Buritama.
Questionada pela TV TEM, a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo não informou, até a publicação desta reportagem, sobre o possível risco de contaminação após a ingestão do alimento. A Polícia Ambiental, por sua vez, esclareceu que não faz parte das competências da corporação analisar a qualidade do pescado.
Na Vila dos Pescadores, área onde há grande quantidade de pessoas que exercem a atividade, muitos relataram que, em plena quaresma, a renda com a venda do produto caiu de forma significativa nos últimos dias.
Em entrevista à reportagem, o aposentado Gervasio Rodrigues da Silva, que trabalha com a pesca, diz que já questionou as autoridades sobre o problema, mas não obteve uma resposta satisfatória.
“A pessoa fica questionando porque um fala, ‘ah o peixe está morrendo’. Esses dias perguntei para a Ambiental e eles disseram que não sabem. A gente trabalha com isso! O próprio freguês pergunta e você não sabe o que responder para ele”, explica Gervasio.
Os trabalhadores alegam que, devido à mortandade, eles precisam se deslocar pelo leito do rio para trechos mais distantes, para conseguir encontrar alguns exemplares vivos.
O pescador Ântonio Martins reivindica por algum tipo de auxílio por parte do governo. Segundo ele, a situação financeira está bastante prejudicada no momento.
“A única renda que a gente tem é pescar porque a gente faz isso há muito tempo. Estamos passando um vida difícil mesmo. A gente tinha que ter um auxílio do governo. E agora, o que vamos fazer?”, finaliza Ântonio.
A Cetesb e Prefeitura de Buritama também foram questionadas, mas não deram retorno até a publicação desta reportagem.
