Ação da Santa Casa, Unidade de Diálise e Unifev na feira livre da Praça São Bento
Dia Mundial do Rim: Luta pela Vida Os rins são órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo humano, atuando na filtração do sangue, regulação da pressão arterial e equilíbrio de minerais essenciais. No entanto, a doença renal crônica é uma realidade que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, muitas vezes de forma silenciosa. Para alertar sobre os cuidados necessários e a prevenção, o Dia Mundial do Rim reforça a importância da atenção à saúde renal.
A Dra. Natália Gondim, nefrologista da Santa Casa de Votuporanga, destaca que a doença renal pode ser assintomática nos estágios iniciais, tornando essencial a realização de exames de rotina. “Os sintomas, quando aparecem, já indicam um comprometimento grave dos rins. Inchaço no rosto, cansaço excessivo, alterações na urina e hipertensão difícil de controlar são alguns sinais de alerta”, explica.
Em comemoração ao Dia Mundial do Rim, celebrado esse ano nesta quinta-feira (13/3), a Santa Casa de Votuporanga, Unidade de Diálise e Unifev realizarão uma ação especial na feira livre da Praça São Bento, a partir das 17h. A iniciativa contará com estandes informativos e a participação de profissionais e estudantes dos cursos de Nutrição e Medicina, com o objetivo de conscientizar a população sobre as doenças renais.
Durante o evento, serão promovidas diversas atividades, como demonstrações práticas sobre cuidados renais, distribuição de materiais informativos, cálculo do índice de massa corporal (IMC), aferição da pressão arterial e realização do hemoglicoteste. A proposta do evento é de aproximar profissionais e universitários da comunidade, oferecendo orientações essenciais para a prevenção de doenças renais e incentivando hábitos de vida mais saudáveis.
Histórias de luta e esperança
Na Unidade de Diálise da Santa Casa de Votuporanga, pacientes enfrentam a rotina de hemodiálise com coragem e esperança. Elinara Saraiva Sousa, de apenas 22 anos, descobriu a insuficiência renal de forma inesperada, após notar inchaço frequente no corpo. “No começo, foi muito difícil. Hoje, ainda encaro com tristeza, porque nunca imaginei que passaria por isso. Mas sigo em frente, grata por ter um tratamento – é ele que me mantém viva. Acima de tudo, agradeço a Deus todos os dias pela minha vida.
Sei que logo, se Deus quiser, vou conseguir o transplante e sair disso”, conta a jovem, que segue esperançosa na fila de espera por um novo rim.
Em 2024, a Unidade de Diálise realizou mais de 43 mil sessões de hemodiálise para 269 pacientes, vindos de 17 cidades da região. Desses atendimentos, 94% foram realizados pelo SUS, reforçando o compromisso da Instituição com a saúde pública.
A história de seu José de Oliveira Neto, de 64 anos, também mostra como a vida pode mudar drasticamente. Ele desenvolveu insuficiência renal após ser entubado durante a pandemia de Covid-19.
“No começo fiquei com medo, mas agora já se passaram cinco anos e eu encaro a hemodiálise como parte da minha rotina. Se tem que fazer, tem que vir com alegria”, diz ele, com um sorriso otimista.
A importância da prevenção
A nefrologista alerta que, para evitar complicações renais, é essencial controlar a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue, reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, evitar o uso excessivo de anti-inflamatórios e manter uma rotina de atividades físicas.
“Infelizmente, muitas pessoas só descobrem a doença quando já está em estágio avançado. Por isso, o Dia Mundial do Rim é fundamental para chamar a atenção para a prevenção e para o diagnóstico precoce”, reforça a especialista.
A mensagem deixada pelos pacientes é clara: valorize a saúde renal antes que seja tarde. Como diz Elinara, “Deus sempre tem um propósito, e o dia da vitória chega”. O cuidado com os rins deve ser uma prioridade para todos, pois, como lembra seu José, “quando se tem, não se dá valor; quando se perde, aí se percebe o quanto eles são importantes”.

