Empresário devolve PIX de R$690 mil recebido por engano
Um empresário de Santos, Lealdo dos Santos Souza, enfrentou um momento inesperado ao receber um PIX de R$690 mil por engano. Inicialmente, Lealdo pensou tratar-se de um golpe, mas ao perceber a confusão, agiu rapidamente para devolver o montante, que deveria ser destinado à compra de um apartamento.
Lealdo, aos 38 anos e dono de um comércio de ar-condicionado automotivo, descreveu sua reação inicial como de desespero. Considerou a possibilidade de um golpe ou até mesmo um resgate de sequestro, levando 24 horas para tomar uma decisão.
Apesar dos conselhos para manter o dinheiro, seu instinto o guiou para o caminho correto: a devolução. Ele acreditou que era a atitude certa a tomar, especialmente ao descobrir que o dono era um senhor trabalhador e honesto.
Após esse período de reflexão, dirigiu-se à agência do banco de origem do dinheiro. Lá, conseguiu, com a ajuda da gerente, encontrar o verdadeiro proprietário da quantia. Surpreendentemente, o dono era um bancário que estava adquirindo um apartamento e enviou o PIX inadvertidamente para Lealdo.
O encontro entre os dois aconteceu rapidamente, e ficou claro que o bancário havia sido cliente do empresário um mês antes do ocorrido, tornando sua conta de fácil acesso para PIX, apesar de não se conhecerem.
Entretanto, a devolução enfrentou obstáculos quando o banco de Lealdo, o C6 Bank, bloqueou o estorno do dinheiro. Após resolver essa situação, Lealdo conseguiu reembolsar a quantia em parcelas diárias de R$100 mil, finalizando o pagamento nesta quinta-feira (16). Durante esse processo, manteve contato com o bancário por meio da advogada dele, principalmente porque o homem enfrentava problemas de saúde.
Para Lealdo, fazer a coisa certa é fundamental para o próprio sucesso. Ele encerrou a história enfatizando essa convicção.
O C6 Bank, em resposta, informou que operou conforme as regras do PIX, bloqueando o saldo após a ativação do sistema Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central. Ressaltou que a opção de devolver valores parciais foi uma decisão do cliente, não uma imposição do banco.
Além disso, para aqueles que cometeram um PIX equivocado, especialistas recomendam tentar contato com o destinatário inicialmente. Caso não haja sucesso, a orientação é envolver o banco para facilitar a devolução dos recursos. Em último caso, se todos os esforços falharem, a opção seria buscar ações judiciais para resolver a situação.