Afastamento de funcionários aprovados em concurso da Prefeitura de Bady Bassitt causa transtornos à população
Bady Bassitt (SP) — Foto: Prefeitura de Bady Bassitt/Divulgação
O afastamento de funcionários aprovados em um concurso público da Prefeitura de Bady Bassitt (SP) causou transtornos à população. Os servidores foram temporariamente dispensados nesta quinta-feira (7), após determinação da Justiça que investiga irregularidades na aprovação dos candidatos.
A decisão foi emitida com base em um pedido do Ministério Público (MP). No total, 80 funcionários deixaram os cargos, sem previsão de retornar.
À TV TEM, alguns deles relataram estar preocupados, pois deixaram empregos com carteira assinada para investir em cargo de carreira pública. Com o afastamento, todos ficarão sem receber os salários até o fim das investigações. A maioria dos afastados atua nas áreas de saúde e educação.
Com a determinação, os moradores reclamam que já começaram a sentir os reflexos na prestação de serviços.
O transporte escolar, por exemplo, foi afetado. Muitas crianças ficaram impossibilitadas de ir às aulas. Os pais receberam um documento comunicando a suspensão do serviço por determinação judicial que envolve funcionários aprovados no concurso.
Por falta de monitores em sala de aula, alguns alunos de uma creche municipal foram dispensados das atividades nesta quinta-feira. Algumas merendeiras recém empossadas também foram afastadas, até o julgamento da ação.
O promotor responsável pelo caso, Claudio Santos Moraes, informou que existem várias irregularidades no concurso público de Baby Bassitt.
Entre elas, a falta de qualificação dos profissionais que trabalhavam no concurso, ausência de nomes que fariam parte da banca examinadora, além de falta de capacidade da empresa que organizou a prova.
Ainda, segundo o MP, a lista de aprovados foi publicada antes do resultados das provas e há suspeita de que algumas pessoas foram beneficiadas com a aprovação.
A ação aponta o crime de improbidade administrativa e pede a condenação do prefeito Luis Tobardini (PSDB).
Diante dessa situação, a prefeitura informou que vai recorrer judicialmente da determinação.