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Confronto com a Polícia Militar em Aquidauana termina com três mortos e gera revolta de familiares.


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Três suspeitos morreram após uma troca de tiros com a Polícia Militar na tarde da última sexta-feira (6), no Distrito de Cipolândia, região de Aquidauana. A operação, conduzida pela Força Tática do 7º BPM, teve como alvo um grupo acusado de envolvimento com tráfico de drogas e posse de armas. Entre os mortos, estavam Juan Thalles Miranda dos Santos, de 24 anos, Leonardo de Lima Medeiros, de 28, e Lucas de Moura Escobar, conhecido como “Jacaré”, de 29, todos com ficha criminal.

A abordagem aconteceu depois que vizinhos denunciaram a presença de homens armados em uma chácara, disparando tiros. Segundo a versão oficial da Polícia Militar, ao chegar ao local, os policiais avistaram os suspeitos manipulando armas e ordenaram que eles se rendessem. No entanto, os homens ignoraram as ordens e reagiram com disparos. Em resposta, os policiais atiraram, ferindo os suspeitos, que foram socorridos, mas morreram a caminho do hospital de Aquidauana.

Durante a ação, foram apreendidas drogas, armas de fogo e celulares. Além disso, um macaco acorrentado, que apresentava sinais de maus-tratos, foi encontrado na propriedade. Nenhum policial foi ferido no confronto.

A polícia ressaltou que os três homens estavam ligados ao tráfico de drogas na região e que havia uma grande quantidade de maconha no veículo dos suspeitos. Essa foi a primeira ocorrência com mortes por intervenção policial em Aquidauana neste ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em Mato Grosso do Sul, o número de mortes decorrentes de ação policial chegou a 56 em 2023.

Entretanto, a versão apresentada pelos policiais tem sido contestada pelas famílias das vítimas, que utilizaram as redes sociais para repudiar a ação e pedir esclarecimentos. Os parentes afirmam que os jovens foram mortos de maneira brutal, sem chance de defesa, e que a conduta dos policiais não condiz com os fatos observados por testemunhas presentes no local.

Em nota, os familiares de Lucas, Leonardo e Juan Thalles afirmaram que a ação policial foi “inaceitável, ofensiva e contrária aos princípios de justiça”, questionando a forma como a operação foi conduzida. Segundo os familiares, duas testemunhas oculares contestam a versão de que os jovens teriam reagido com tiros.

A polícia, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre os questionamentos dos familiares, mas reafirmou que a operação seguiu os protocolos de segurança, devido ao risco apresentado pelos suspeitos, que portavam armas e drogas. A investigação continua, e a Corregedoria da Polícia Militar pode ser acionada para apurar os detalhes da ocorrência.

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