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Violência escolar no MS: Criança sofre agressão diante da inércia de monitoras

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A violência entre estudantes continua a assustar pais, funcionários de escolas, e especialmente os principais alvos das agressões: as crianças e adolescentes. Um novo caso de agressão foi registrado na cidade de Chapadão do Sul,  a 333 km de Campo Grande. Um garoto de 10 anos foi agredido durante o intervalo da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, violência esta motivada por ofensas e xingamentos. O caso aconteceu no dia 25 de setembro e no mesmo dia a família registrou um Boletim de Ocorrência.

Segundo o relato da mãe que não quis se identificar, as imagens mostram a criança sentado do lado de fora da sala da diretora, acompanhado de um colega. A situação toma um rumo alarmante quando a turma se aproxima, e, de acordo com o adolescente, ele teria sido alvo de xingamentos por parte de seus colegas. A violência física ocorreu quando o sinal tocou para o retorno à sala de aula. Um dos meninos deu um chute no menino, que tentou reagir. Outro estudante mais velho se envolveu, empurrando e desferindo socos. “Como ele tampou o rosto acabou levando muitos socos na nuca, demorou dias para desinchar”, disse a mãe.

A mãe destaca que seu filho apanhou por um período considerável, mas nenhuma das monitoras da escola interveio para separar os envolvidos. Ela expressa sua indignação com a falta de ação por parte da escola.  “A escola tem diversas monitoras e ninguém separou a briga. Ver seu filho apanhar, ter que se levantar sozinho para pedir ajuda, dói. É uma omissão e descaso, principalmente na hora do intervalo, onde a função das monitoras é cuidar dos alunos”, disse a mãe, preocupada. 

“Eles só me informaram que mudaram o agressor de período, mas é possível ver nas imagens, que não é apenas um, é um grupo que o atacou”, diz a mãe.

O resultado desse incidente foi um tratamento psicológico iniciado e a decisão da mãe de não enviar seu filho de volta à escola. “Ele chegou a ir dois dias acompanhado, meu marido permaneceu lá na escola para garantir a segurança, mas ele não consegue mais ir sozinho, sente medo”, relata a mãe, que conta a reportagem que pediu a escola que a criança fizesse as provas e atividades em casa, mas foi recusado.

“Fiz o pedido à escola para que pudesse acompanhar seu filho na instituição ou receber atividades em casa enquanto ele não se sente preparado para voltar. No entanto, a escola alega que isso não é possível devido a procedimentos específicos e fez o pedido de busca ativa, por ele não estar frequentando as aulas”, explica. 

A mãe agora busca respostas sobre quais medidas a escola tomou em relação à conduta dos profissionais e expressa sua preocupação com a segurança e o bem-estar de seu filho em um ambiente que deveria ser um local de aprendizado e proteção. “Fiz a denuncia no Conselho Tutelar e o meu desabafo, é porque todos os pais precisam saber o que vem acontecendo na escola. Eu não queria que Chapadão do Sul entre para as estáticas de catástrofes nas escolas, pois se esse menino tivesse dado um murro mais forte poderia ter sido fatal para o meu filho”, finaliza.

 

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Procurada pela reportagem do OSM, a diretora-adjunta, Ericka Duarte, explicou que as monitoras agiu prontamente, assim que verificaram a briga e atenderam as crianças envolvidas. Em relação ao pedido da mãe, em realizar as provas e atividades em casa, ela explica que é necessário um laudo psicológico para que seja liberado junto a Secretaria de Educação. Duarte ressaltou que a situação foi devidamente comunicada ao departamento de Educação, que tomou conhecimento das medidas adotadas pela escola em relação ao incidente.

A reportagem do OSM entrou em contato com a Secretaria de Educação do município mas não obteve retorno, o espaço segue aberto para considerações.

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