Candidato a Presidência do Equador é assassinado com três tiros na cabeça
O cenário político do Equador foi abalado por um terrível atentado na noite desta quarta-feira (9), quando o candidato à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros na saída de um encontro político na cidade de Quito. Com três disparos na cabeça, Villavicencio sucumbiu aos ferimentos antes que pudesse receber atendimento médico.
A notícia chocante foi confirmada por assessores do candidato e imediatamente repercutiu em todo o país e além das fronteiras equatorianas. Vídeos circularam pelas redes sociais, registrando o momento do ataque e ampliando o impacto da tragédia.
Fernando Villavicencio, que ostentava 7,52% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa mais recente do ClickReport, era um quinto favorito na corrida presidencial. Sua campanha enfatizava o combate ao narcotráfico como um pilar central de sua plataforma. “Não tenho medo dos comandantes do narcotráfico”, declarou ele em uma entrevista coletiva recente, demonstrando sua determinação em enfrentar um dos problemas mais graves que afetam o Equador.
Uma das promessas mais proeminentes de Villavicencio era a construção de uma prisão de segurança máxima, uma medida que ele acreditava ser crucial para conter a escalada da criminalidade. No entanto, a luta contra o narcotráfico havia custado a vida de outros defensores políticos, como um prefeito e um candidato a deputado que também compartilhavam discursos anti-narcotráfico e acabaram sendo assassinados.
O clima político já tenso do Equador foi exacerbado por esse ato de violência sem precedentes. Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral do país, alertou sobre ameaças direcionadas a funcionários públicos durante o período eleitoral, apontando que eles estão “expostos a essas circunstâncias, não apenas a receber ameaças, mas também à violência política”.
A tragédia ocorre às vésperas do primeiro turno das eleições, marcado para 20 de agosto. Este atentado sem dúvida lançará uma sombra sobre o processo eleitoral e levanta questões sérias sobre a segurança dos candidatos e a estabilidade política do Equador.
Os observadores políticos do país têm comparado a situação atual ao clima tenso vivido pela Colômbia nos anos 1990, enfatizando a urgência de abordar as questões de segurança e violência política.
Fernando Villavicencio, de 59 anos, teve uma carreira multifacetada, inicialmente como jornalista, e mais tarde como integrante da Assembleia Nacional, onde atuou como opositor ao atual presidente Guillermo Lasso. Seu trágico assassinato acrescenta um capítulo sombrio à história política equatoriana, deixando a nação de luto e em busca de respostas sobre o que levou à perda prematura de um dos seus líderes em ascensão.
Enquanto o Equador se prepara para ir às urnas, a memória de Fernando Villavicencio permanecerá como um lembrete contundente dos desafios e riscos enfrentados pelos indivíduos qu