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Denunciada por maus-tratos é afastada de asilo, mas gestão não descarta home office

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(Reprodução)

A diretora de uma casa de idoso em Campo Grande, que foi denunciada por maus-tratos foi afastada da instituição, após a determinação com urgência pelo MPMS (Ministério Público Estadual) de 19 de novembro deste ano. No asilo são cerca de 18 idosos. 

Jornal Midiamax apurou que a dirigente não está mais na instituição após o pedido de afastamento de 300 metros dos idosos que permanecem no local. Mas, não é descartado que a dirigente faça o trabalho home office já que não há um pedido de afastamento do cargo, segundo a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social).

No caso de pedido e afastamento do cargo, a Composição da Casa assumiria o asilo. A decisão é da juíza Katy Braun do Prado, da Vara da Infância, Juventude e do Idoso. Outro processo sobre as mesmas denúncias, um pedido de tutela de urgência, tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Nessa quarta-feira (24), a SAS afirmou que acompanha todas as tratativas e deliberações do MPMS e do Poder Judiciário e uma equipe da Vigilância Socioassistencial da Gestão do Sistema Único de Assistência Social está no asilo para monitorar a execução do Serviço de Acolhimento Institucional. Isso, com intuito de preservar os direitos dos idosos acolhidos.

A denúncia

Consta na denúncia que gravações apontam abusos concretos contra dois idosos do local, sendo que uma das idosas possui demência e transtorno bipolar afetivo, e seria um dos alvos da servidora, que discriminaria os idosos com doenças psiquiátricas e em processo demencial.

O pedido de medida de proteção acabou se estendendo a todos os idosos que residem no asilo. De acordo com o documento, os idosos eram submetidos a tratamentos vexatórios, constrangedores e desumanos. Ainda segundo a denúncia, existem indícios fortes de que a dirigente negava atendimento médico necessário aos idosos com demência na tentativa de ‘livrar’ a instituição dos idosos que necessitavam de mais cuidados.

Em junho deste ano, familiares da idosa — vítima de maus-tratos na instituição — passaram a serem pressionados para que a mulher fosse retirada do asilo, após um surto e ter de ser encaminhada para o Caps.

A família da idosa, inclusive, teria recebido mensagens fazendo pressão para que a vítima fosse retirada da instituição, afirmando que a idosa não tinha contrato com a instituição. Um enfermeiro que trabalhou no local por sete anos, ainda quando a instituição tinha outro nome, confirmou os maus-tratos cometidos pela dirigente contra os idosos no local.

Ele disse que a dirigente não tinha tato e aptidão para lidar com idosos, sobretudo os que tinham patologia de ordem mental ou neurológica e praticava atos que os amedrontavam. Os episódios não eram casos isolados.

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